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Comércio entre China e Oriente Médio pode ultrapassar o Ocidente em poucos anos

Comércio entre China e Oriente Médio pode ultrapassar o Ocidente em poucos anos

A Bloomberg, citando fontes informadas, estima que o comércio entre o Oriente Médio e a China superará o comércio com os países ocidentais até 2027. Segundo projeções preliminares, isso deverá ocorrer durante a metade do segundo mandato do presidente eleito Donald Trump.

Em 2023, o comércio entre os países do Golfo e a China caiu para US$ 225 bilhões devido a uma redução significativa nos preços do petróleo. No entanto, especialistas preveem uma recuperação expressiva, com os volumes comerciais atingindo US$ 325 bilhões até 2027. Um relatório da Asia House aponta que, se mantidas as atuais taxas de crescimento, o comércio entre a região do Golfo e as economias asiáticas em desenvolvimento poderá alcançar US$ 682 bilhões até 2030.

Por outro lado, o comércio entre o Golfo e os EUA, Reino Unido e Europa totalizou US$ 250 bilhões em 2023, mas vem crescendo em um ritmo mais lento do que as trocas comerciais com a China. O CEO da Asia House, Michael Lawrence, destacou que estamos no centro de mudanças profundas no cenário global. Ele observou que as condições atuais estão fomentando novas alianças diplomáticas, econômicas e comerciais, enquanto as economias ocidentais adotam posturas cada vez mais protecionistas.

Atualmente, muitas nações asiáticas, como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, vêm estreitando laços comerciais com a China e outras economias em rápido crescimento na região Ásia-Pacífico (APAC). Esses países buscam atrair mais investimentos estrangeiros e fortalecer o comércio com os maiores compradores de petróleo.

Entretanto, o cenário não é isento de desafios. Analistas da Asia House alertam que o crescimento do comércio entre a China e os países do Golfo pode ser impactado pelas políticas tarifárias do presidente eleito dos EUA, Donald Trump. Ao mesmo tempo, as tarifas americanas sobre produtos chineses podem intensificar o comércio entre a China e o Golfo. Contudo, as possíveis pressões da nova administração americana representam um obstáculo adicional para essas relações comerciais.

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