Os mineradores de Bitcoin, a espinha dorsal da maior criptomoeda do mundo, estão enfrentando uma crise sem precedentes, vendo seus lucros evaporarem rapidamente. Aqui está o que levou a essa queda abrupta.

De acordo com a Bitbo, os mineradores arrecadaram apenas US$ 827 milhões em agosto, a menor receita desde setembro de 2023, representando uma queda de 10,5% em relação a julho de 2024, quando o total foi de US$ 927 milhões. Para efeito de comparação, em setembro de 2023, o montante havia sido de US$ 727,79 milhões.

A situação é ainda mais alarmante ao comparar com o pico de março de 2024, quando os lucros alcançaram US$ 1,93 bilhão. Analistas observam que a receita de agosto de 2024 foi 57% inferior à de março, período em que o Bitcoin atingiu seu recorde histórico de US$ 73,5 mil, conforme dados da Bitbo.

Especialistas atribuem essa queda expressiva à redução no volume de transações e ao aumento da dificuldade de mineração.

Curiosamente, no final do verão, observou-se um aumento significativo no número de pessoas com mais de US$ 1 milhão em ativos de criptomoedas, o que sugere uma possível desconexão entre a riqueza concentrada e a saúde do ecossistema de mineração. Atualmente, esse grupo é composto por 172.300 indivíduos, dos quais 325 possuem ativos no valor de US$ 100 milhões ou mais, enquanto o número de bilionários em criptomoedas permanece abaixo de 28.