O euro e a libra esterlina continuaram em queda frente ao dólar dos EUA, pressionados por notícias positivas e desenvolvimentos fundamentais favoráveis à moeda norte-americana.

Os fortes dados do PMI dos EUA e os números das vendas de casas novas impulsionaram o dólar na segunda metade da sessão de ontem, gerando pressão renovada sobre os ativos de risco. Animados pelos sinais de resiliência da economia norte-americana, os investidores reequilibraram seus portfólios em favor de ativos denominados em dólares, o que intensificou a pressão sobre o euro, a libra esterlina e o iene japonês.

Entretanto, os fatores fundamentais que sustentam as tendências de longo prazo continuam sendo o foco principal dos participantes do mercado. Isso se refere, sobretudo, às tarifas e à guerra comercial em andamento, que ainda permanece sem solução definitiva. A inflação na zona do euro, embora tenha mostrado certo arrefecimento, ainda supera a meta do Banco Central Europeu — o mesmo cenário se aplica ao Reino Unido. Isso cria um ambiente propício para uma abordagem mais cautelosa quanto à flexibilização monetária, o que, por sua vez, tende a favorecer o dólar no médio prazo.

Para hoje, na primeira metade do dia, os mercados aguardam a divulgação dos dados do índice IFO de Clima Empresarial, do Índice de Avaliação Atual e do Índice de Expectativas da Alemanha. Tradicionalmente, esses indicadores exercem impacto significativo sobre o euro, considerando que a Alemanha é a maior economia da zona do euro. Uma melhora nos números do IFO pode sinalizar fortalecimento da economia alemã e, consequentemente, apoiar o euro.

Por outro lado, resultados negativos desses indicadores podem colocar pressão adicional sobre a moeda única. Os traders estarão atentos à comparação entre os dados divulgados e as projeções de mercado. Caso os números superem significativamente as expectativas, é possível observar um aumento no otimismo e um fortalecimento do euro. Em contrapartida, dados decepcionantes poderão desencadear uma onda de vendas e enfraquecimento da moeda.

Se os resultados estiverem em linha com as previsões, a estratégia de reversão à média tende a ser mais eficaz. Já a estratégia baseada em momentum se torna mais apropriada caso os dados venham significativamente acima ou abaixo das expectativas.

Estratégia Momentum (em rompimentos):

EUR/USD

A compra em um rompimento de 1,1358 pode levar a um aumento para 1,1433 e 1,1505.

A venda em um rompimento de 1,1267 pode resultar em um declínio em direção a 1,1206 e 1,1147.

GBP/USD

A compra em um rompimento de 1,3293 pode levar a um aumento para 1,3350 e 1,3416.

A venda em um rompimento de 1,3236 pode resultar em um declínio para 1,3205 e 1,3165.

USD/JPY

Comprar em um rompimento de 142,85 pode resultar em um aumento para 143,29 e 143,77.

A venda em um rompimento de 142,32 pode levar a um declínio para 141,82 e 141,34.

Estratégia de reversão à média (em retrações):

EUR/USD

Procure oportunidades de venda após um rompimento fracassado acima de 1,3293 e um retorno abaixo desse nível.

Procure oportunidades de compra após um rompimento fracassado abaixo de 1,3254 e um retorno acima desse nível.

GBP/USD

Procure oportunidades de venda após um rompimento falho acima de 1,3293 e um retorno abaixo desse nível.

Procure oportunidades de compra após um rompimento falho abaixo de 1,3254 e um retorno acima desse nível.

AUD/USD

Procure oportunidades de venda após um rompimento falho acima de 0,6378 e um retorno abaixo desse nível.

Procure oportunidades de compra após um rompimento falho abaixo de 0,6353 e um retorno acima desse nível.

USD/CAD

Procure oportunidades de venda após um rompimento falho acima de 1,3888 e um retorno abaixo desse nível.

Procure oportunidades de compra após um rompimento falho abaixo de 1,3858 e um retorno acima desse nível.