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O Nasdaq, focado no setor de tecnologia, encerrou a quarta-feira em queda, revertendo o movimento de alta do dia. As razões foram as crescentes tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia, além dos fracos resultados financeiros da Target. Investidores aguardavam ansiosamente a divulgação dos resultados trimestrais da Nvidia, que, no entanto, ficaram aquém das expectativas elevadas.
O índice Dow Jones conseguiu encerrar a sessão em alta, enquanto o S&P 500 permaneceu praticamente inalterado. Já a manhã começou com um declínio generalizado – a notícia do uso de mísseis britânicos Storm Shadow pela Ucrânia em território russo agitou os mercados. Isso ocorreu logo após o anúncio do lançamento de mísseis americanos ATACMS, que levou a Rússia a declarar uma redução no limiar nuclear.
O índice de volatilidade VIX de Wall Street, conhecido como o "índice do medo", subiu para 18,79 – um recorde desde novembro de 2020 – antes de recuar para 17,24. Apesar do recuo, a ansiedade nos mercados permanece elevada.
"Após a forte alta no setor de tecnologia ontem, hoje o mercado adotou uma postura mais defensiva", afirmou James Regan, chefe de pesquisa da D.A. Davidson.
O relatório de lucros trimestrais da Nvidia, fabricante de chips para IA, foi o destaque da noite. As ações da empresa caíram 0,76% durante a sessão e continuaram a recuar após o fechamento. Apesar da previsão de receita para o quarto trimestre superar as estimativas médias dos analistas, os investidores esperavam mais.
O mercado, que vinha experimentando uma forte alta, se depara novamente com a escolha entre risco e cautela, à medida que eventos globais adicionam incerteza.
O setor de tecnologia sofreu pressão, encerrando a sessão com queda de 0,23%, afetando o sentimento geral dos investidores. O Nasdaq caiu 0,11%, indicando que a confiança no segmento enfraqueceu um pouco.
As ações da Target despencaram 21,4% após a empresa divulgar orientações de vendas e lucros para as festas de fim de ano abaixo das expectativas dos analistas. Os fracos resultados do terceiro trimestre agravaram a decepção dos investidores.
A queda da Target também impactou o índice de consumo discricionário, que recuou 0,57% no dia, sendo o pior desempenho do setor.
As ações da Tesla caíram 1,15%, enquanto a Amazon perdeu 0,85%, sinalizando que os investidores estão adotando uma abordagem cautelosa com ativos de crescimento. Essas empresas, antes líderes em seus segmentos, agora enfrentam expectativas mais moderadas.
Entre os principais índices, o Dow Jones subiu 139,53 pontos (+0,32%), fechando em 43.408,47. O S&P 500 teve variação quase nula, ganhando simbólicos 0,13 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuou 21,32 pontos (-0,11%), encerrando em 18.966,14.
Apesar do recuo nas ações da Nvidia durante a última sessão, sua dinâmica anual continua impressionante: desde o início do ano, as ações quase triplicaram de valor. Segundo o BofA Global Research, isso contribuiu para cerca de 20% do retorno total do índice S&P 500 nos últimos 12 meses.
"Empresas estão começando a compartilhar casos de sucesso no uso de IA, mostrando como os investimentos em novas tecnologias trazem receitas adicionais ou ajudam a reduzir custos", comentam analistas. No entanto, os investidores permanecem cautelosos, preferindo esperar por confirmações sobre a sustentabilidade dessas tendências.
O mercado entra em uma nova fase, onde expectativas elevadas colidem com a realidade dos resultados, enquanto a instabilidade geopolítica continua moldando o sentimento.
As ações da MicroStrategy dispararam 10%, enquanto a MARA Holdings apresentou um crescimento ainda mais impressionante de 13,9%. Essas empresas ligadas ao setor de criptomoedas foram impulsionadas pelo aumento do interesse em ativos digitais.
Os traders aumentaram as expectativas de que o Federal Reserve não elevará as taxas de juros na reunião de dezembro. Essa percepção foi formada em meio à publicação de dados econômicos robustos, que mostram uma economia estável apesar da inflação persistente.
Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), o número de ações em queda superou as em alta na proporção de 1,24 para 1, com 184 novas máximas e 94 novas mínimas. Na Nasdaq, o cenário é semelhante: 2.245 ações caíram, contra 2.007 em alta, com uma proporção de 1,12 para 1.
O índice S&P 500 registrou 30 novas máximas de 52 semanas e 13 novas mínimas, enquanto o Nasdaq Composite teve 92 novas máximas e 163 novas mínimas, destacando a tendência geral de incerteza no mercado.
No cenário internacional, as ações registraram uma leve queda, enquanto os traders continuavam a considerar as crescentes tensões geopolíticas entre a Rússia e o Ocidente.
Enquanto isso, o Bitcoin alcançou um novo recorde, demonstrando a confiança dos investidores em criptomoedas. O dólar também se fortaleceu após três dias de queda, sinalizando uma mudança no sentimento dos mercados cambiais.
O mundo financeiro demonstra novamente uma interação complexa de fatores, onde eventos globais, dados econômicos e ações dos bancos centrais se entrelaçam em um panorama de incerteza.
O índice S&P 500 encerrou a sessão praticamente estável, refletindo um sentimento neutro dos investidores. O Dow Jones terminou em alta, enquanto o Nasdaq registrou queda, continuando a correção após o recente rali.
Entre os destaques de alta estavam ações de empresas dos setores de saúde, energia e materiais. Por outro lado, os setores de consumo básico, financeiro e tecnologia foram os principais perdedores da sessão.
O MSCI All-World Index, que mede o desempenho geral dos mercados globais, caiu 0,16%, para 847,84. As ações europeias também fecharam em baixa, embora a queda tenha sido mínima, de 0,02%.
Os investidores estavam atentos às ações da Nvidia, que sofreram alguma pressão após a divulgação dos resultados trimestrais. Apesar da queda, a situação não foi catastrófica, afirmou James St. Aubyn, diretor de investimentos da Ocean Park Asset Management.
"A Nvidia continua sendo um player-chave no mercado, mas as expectativas crescem a cada trimestre e estão ficando cada vez mais difíceis de atender. Estamos em um ponto onde as altas expectativas começam a exercer pressão," acrescentou St. Aubyn.
A sessão mostrou que os participantes do mercado permanecem cautelosos, equilibrando expectativas de crescimento futuro com preocupações relacionadas à geopolítica e aos resultados corporativos. As ações globais refletiram a tensão geral, com investidores ponderando fatores de risco locais e globais.
Esta semana promete ser movimentada, e os próximos dias podem oferecer sinais mais claros sobre a direção dos mercados no futuro próximo.
Os preços do ouro e dos títulos do governo continuaram a subir na terça-feira, à medida que os mercados reagiram à escalada do conflito entre Ucrânia e Rússia. As notícias aumentaram a demanda por ativos seguros.
Os preços do ouro atingiram o maior nível semanal, com alta pelo terceiro pregão consecutivo. O ouro à vista subiu 0,69%, chegando a US$ 2.649,89 por onça. Os futuros de ouro nos EUA apresentaram um ganho semelhante de 0,8%, atingindo US$ 2.651,70.
A alta dos preços do ouro reflete o apetite dos investidores por estratégias mais conservadoras em meio à instabilidade global.
Outro ponto de atenção é a escolha de Donald Trump para o cargo de Secretário do Tesouro, que deve ser anunciada já na quarta-feira.
"O mercado está reconhecendo que algumas políticas de Trump, como tarifas e deportações, carregam riscos inflacionários," afirmou Lukasz Tomicki, cofundador da LRT Capital em Austin, Texas. Os rendimentos dos títulos subiram acentuadamente desde a eleição, confirmando as expectativas do mercado.
O índice do dólar subiu 0,54%, para 106,68, rompendo uma sequência de três dias de perdas, embora os níveis atuais ainda estejam abaixo do pico de um ano.
O dólar também ganhou força contra moedas importantes, com alta de 0,48% frente ao iene, para 155,40, e de 0,2% frente ao franco suíço, para 0,88410. O índice do dólar acumulou alta de quase 3% desde a eleição de 5 de novembro, reforçando a confiança na economia dos EUA.
Os mercados globais seguem em compasso de espera, com tensões geopolíticas, política monetária e decisões estratégicas nos EUA influenciando os movimentos dos ativos. Declarações e ações de líderes podem alterar drasticamente o sentimento dos investidores.
O yuan chinês perdeu valor em relação ao dólar após o Banco Popular da China decidir manter as taxas básicas de empréstimo inalteradas, como previsto pelos analistas. No mercado offshore, o yuan caiu 0,22%, para 7,251 por dólar. Essa queda reflete a cautela geral dos investidores diante de uma política monetária estável na China.
A criptomoeda surpreendeu novamente os mercados, alcançando um novo recorde pouco abaixo de US$ 95.000. Durante a última sessão, o preço do Bitcoin subiu 2,53%, chegando a US$ 94.579,01. Desde a eleição de Donald Trump, o Bitcoin acumula alta superior a 30%. Os participantes do mercado atribuem esse crescimento às expectativas de regulamentação mais favorável ao setor de criptomoedas sob a nova administração.
O Bitcoin recebeu um impulso adicional após o Financial Times relatar que o Trump Media and Technology Group, proprietário da rede social Truth Social, está próximo de adquirir todas as ações da plataforma de negociação de criptomoedas Bakkt. A notícia aumentou as especulações sobre a possível influência de Trump no desenvolvimento dos ativos digitais.
Os preços do petróleo registraram novas quedas, refletindo estoques excedentes de petróleo bruto e gasolina nos EUA, que superaram as expectativas.
Os futuros de petróleo Brent para entrega em janeiro caíram 0,68%, fechando a US$ 72,81 por barril.Os contratos de WTI para dezembro terminaram em baixa de 0,75%, para US$ 68,87 por barril.O contrato mais ativo de WTI para janeiro também caiu 0,71%, fechando a US$ 68,75.
Os participantes do mercado continuam atentos às notícias vindas da China, da indústria de criptomoedas e do setor de commodities. A influência da política econômica global e eventos corporativos inesperados, como a possível aquisição da Bakkt, gera alta volatilidade e cria oportunidades únicas para investidores.